Países balcânicos ( esquerdo) e Muro de Berlím ( direita)
O REINO DA IUGOSLÁVIA (1918-1941)
Com a derrota dos três grandes impérios (austro-húngaro, o russo e o turco otomano),os Bálcãs finalmente livraram-se da tutela estrangeira.
A Iugoslávia passou a ser um Reino pelo tratado de Paris. Depois passou a Reino da Iugoslávia com a capital em Belgrado.
Em março de 1941, o príncipe regente da Iugoslávia, cedendo a pressão dos nazistas e dos fascistas italianos, foi constrangido a assinar o tratado com o eixo. foi o que bastou para que uma rebelião popoular .
antes do término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), desejando evitar a eclosão de conflitos nessa região e tendo por objetivo facilitar a projeção de suas respectivas influências e a garantia de seus interesses econômicos e geopolíticos, o Reino Unido, a França e a Alemanha exerceram grande pressões política s para a manutençaode suade sua unidade.
Os três grupos ( os chetniks, grupo pró- monarquistasapoioado pelos aliados, o grupo pró facista da Crooácia apoioado pelos alemães e os partisans, grupo comunista de resist~encia a guerra e liderado pelo marechal Tito.
em 1945 os partisans expulsaram as tropas alemãs e retirou a monarquia do poder e consequentemente fim do Reino da Iugoslávia .
Foi Implantado por Tito em 1963 a " República federal da Iugoslávia e a implantação do socialismo e não se alinhou com a União Soviética, poeque seus partisans não tiveram apoio dos soviéticos e nem do Reino Unido e muito menos da França que preferiram dar seu apoio aos chetniks.
Com grande habilidade Tito conseguiu manter a unidade das seis Repúblicas Iuguslávas criadas no imediato segundo pós guerra ( Sérvia, eslovênia, Croácia, Montenegro, Bósnia-herzegovina e Macedônia). O mesmo ocorreu com relação às províncias de Kosovo e Voivodina, subordinadas à Sérvia.
Para diminuir an tensões separatistas, em 1970 o governo do marechal Tito deu alguma autonomia às repúblicas e criou o sistema de liderança coletiva. Assim, a Presidência do país passou a ser exercida com base na rotatividade entre as seis repúblicas.
Mesmo com essas iniciativas, os ressentimentos étnicos e os movimentos nacionalistas continuaram bastante vivos.
após 1970, apesar da dura repressão exercida pelo Estado Iogoslávo para contê-los, ocorreram sucessivos atentados terrorístas. diante da permanente ameaça de desintegração do país, o governo federal iugoslávo promoveu inúmeras prisões, julgamentos, e anistias envolvendo sérvios, bósnios, croátas e macedônios.
O quadro se agravou com a morte de Tito, em 1980. O falecimento do único líder político da antiga Iugoslávia que, apesar de todas as dificuldades, desfrutava do apoio popular de diversas etinias do país em função de ter expulsado as tropas alemãs, teve duas consequências principais:
Os movimentos separatistas se intensificaram. em 1981, por exemplo Kosovo, província autônoma da Sérvia, exigiu mais autonomia. Nas repúblicas da Eslovênia, Croácia e Bósnia-Herzegovina, os movimentos nacionalístas se reorganizaram e se ampliaram, reivindicando o direito de se constítuírem em Estados-nações independentes.
No plano político, a morte de Tito foi seguida pela formação de um conselho presidencial que reunia os representantes das seis repúblicas e das duas províncias Iugosláva. com exceção dos serviços de segurança e das forças armadas, esse arranjo político conduziu a uma transferência gradual do verdadeiro poder da capital federal Iugoslávia, Belgrado, para as repúblicas.
na conjuntura desses efeitos derivados da morte de Tito, em 1987 Slobodan Milosevic utilizou o sentimento nacionalista sérvio com relação a Kosovo para tomar o poder na Sérvia e, em seguida, aumentar o poder dessa república no restante da Iugoslávia.Milosevic privou de autonomia as províncias de Kosovo e Voivodina, e seus aliados políticos tomaram o controle da república de Montenegro.
A partir de 1989, no contexto da crise do mundo socialista e do enfraquecimento, da União Soviética, entrou em crise o sistema rotativo para a presidência da Iugoslávia criado pelo marechal Tito e que visava manter a coexistência pacífica entre suas distintas etnias . Se, até então, entre seus representantes, havia funcionado a alternância de poder a cada dois anos para ocupar o cargo político mais importante e do país, esse sistema cedeu lugar à escalada das divergências entre diferentes lideranças políticas que aspiravam à plena autonomia no interior de seus espaços políticos nacionais.
A DESINTEGRAÇÃO DA IUGOSLÁVIA
ESTOPIM DO CONFLITO
em 1990 foi promulgada uma nova constituição, estabelecendo o pluripartidarismo, reforçando os poderes presidenciais e abolindo, ao mesmo tempo, direitos antes assegurado pela constituição de 1978.entre outras mudanças constitucionais, reduziu-se ainda mais a autonomia das duas províncias da Sérvia ( Kosovo e Voivodina )
Nesse contexto, embora Kosovo tenha chegado a proclamar-se independente em setembro de 1990, não pôde efetivar sua condição , devido a rápida intervenção das forças militares e policiais Iugoslavas ( sérvia). Nessa província, de população predominantemente albanesa,ocorreram muitas prisões e processos criminais contra os políticos desa origem.
Em 1991, é a vez da Eslovênia, e da Macedônia
Em 1991 a 1992 a Croácia estava em guerra para conquistar sua independência que só foi conquistada em 1992.
Em 1992 foi a vez da Bósnia-Herzegovina proclamar sua independência da Iugoslávia. essa iniciativa desencadeou uma intensa guerra civil entre a Bósnios ( de maioria muçulmana), croatas e sérvios, as principais etnias que habitam no país. Os bósnios e os muçulmanos reinvidicavam independência e a soberania da ex república Iugoslávia; a minoria sérvia se opunha e defendia a integração do território bósnio à Sérvia. buscando atingir esse objetivo e com ajuda do exército iugoslávo, manteve sob o seu poder cerca de 70% do território Bósnio.
A guerra da Bósnia foi considerado o conflito armado mais violento desde a Segunda Guerra Mundial.
Em julho de 1992, 51 países decidiram formar uma força de paz para tentar apaziguar e resolver o problema da guerra civil na Bósnia. com o apoio da ONU, Otan e da UEO ( união da europa Ocidental), forças de paz desembarcaram na ex- Iugoslávia e navios de guerra bloquearam o Mar Adriático para aplicar o embargo comercial contra a Sérvia e Montenegro. nesse contexto, a ONU pediu a evacuação dos sérvios de Sarajevo.
em 1994, a Federação Rusa, tradicional aliada dos sérvios, interveio nas negociações. Obteve-se com isso, o recuo temporário das forças sérvia e, apesar de muitas dificuldades e resistência entre as partes envolvidas, no final de dezembro daquele ano a Guerra da Bósnia foi interrompida por um trégua que contou com a participação ativa do ex presidente norte-americano Jmmy Cárter.
durante a curta duração desse cessar fogo, as forças regulares croatas e outras formadas por milícias muçulmano-croata foram abastecidas com armamentos e receberam treinamento militar promovido pelos Estados Unidos. Em seguida, em 1995, com o fim da trégua de inverno, os sérvios retomaram o avança de suas tropas nas direções sul e leste da Bósnia. em contra partida, em pouco tempo as forças croatas começaram incursões em larga escala na Krajina ( região dominada pelos sérvios na Croácia) e as forças muçulmano-croatas, por sua vez, avançaram no rumo noroeste da Bósnia.
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