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sábado, 10 de julho de 2010

ENERGIA E DESENVOLVIMENTO

FONTES DE ENERGIA
As fontes de energia são insumos para oferta de energia. em geram, dividimos as fontes de energia em: renováveis e fontes não renováveis.

As fontes tradicionais e não renováveis, como o petróleo, o carvão mineral, o gás natural e as fontes nucleares, ainda respondem por 80% da oferta mundial de energia. as fontes renováveis são opções praticamente inesgotáveis. As principais são: a biomassa, o vento, o calor natural do interior da Terra, a energia solar, a força das águas.

O petróleo, o carvão mineral e o gás natural, além de não serem renováveis em uma escala de tempo humano, levam à atmosfera o carbono que estava enterrado há milhões de anos. Os combustíveis nucleares também geram polluição na forma de resíduos prejudiciais à vida, e estes resíduos podem levar milhões de anos até se tornarem inofensivos.

O maior ou menor quantidade de energia usada em um país tem sua trajetória determinada por vários fatores, inclluindo o crescimento econômico, os comportamentos socioculturais que definem os padrões de consumo, além da tecnologia e da demografia.

Hoje cerca de dois milhões de pessoas não têm acesso à eletricidade. No Brasil, este número corresponde a quase cinco milhões de domicílios. esta população tem características sociais, econômicas e geográficas semelhantes. Pertencem a classes sociais menos favorecidas e vivem em regiões rurais isoladas, principalmente no Norte e no Nordeste do país. Levar energia elétrica às regiões mais pobres e isoladas evita o êxodo rural e possibilita o desenvolvimento econômico e a melhoria das condições de vida das pessoas.

 A QUESTÃO DO PETRÓLEO

Nos últimos 30 anos, a oferta e o consumo de energia cresceram em todo o mundo. Mas boa parte dessa energia ainda está concentrada em combustível de origem fóssil, com o carvão mineral e o petróleo. Este cenário é crítico. Além das questões ambientais, existem controvérsia sobre as projeções da duração da oferta de petróleo e seus derivados. alguns especialistas acreditam que, mesmo explorando todas as fontes de petróleo existentes, ele pode não ser suficiente para alimentar a demanda mundial por energia nas próximas décadas.

A Organização dos países exportadores do petróleo ( Opepe) domina cerca de 78% das reservas provadas no mundo, concentras geograficamente no Oriente Médio. A Organização foi criada em 1960 e agrega os seguintes países: Angola, Arábia Saldita, Argélia, emirados`´Arabes Unidos, Equador, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Katar e Venezuela. Essa geopolítica do petróleo é extremamente complexa e em muitos momentos da história foi responsável por guerras entre diferentes países. Por isso, possuir autonomia energética é uma das questões chave para o desenvolvimento de qualquer nação.

O BRASIL E O PETRÓLEO
História da produção de petróleo no Brasil
1939 descoberta a primeira acumulação brasileira de petróleo, o campo de Lobato no Recôncavo Baiano ( Ba), o qual, no entanto, foi considerado não comercial.
Em Candeias, também no Recôncavo  Baiano, foi descoberto o primeiro campo comercial de petróleo no Brasil

1953 Criação da empresa Petróleo Brasileiro S/A, a Petrobras ( Getúlio Vargas)
1968 começa a exploração em alto mar, (Plataforma Continental)

 AS USINAS HIDRELETRICAS

O Brasil, graças às características físicas do seu território, está entre os países de maior potencial técnico de aproveitamento hidrelétrico do mundo.

 A GERAÇÃO DE ENERGIA NO BRASIL
 O Brasil possui umas das matrizes energéticas mais limpas do mundo, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel),com 74% de sua energia gerada em usinas hidrelétricas.
HIDRELÉTRICAS E TERMELLÉTRICAS
  No Brasil, a maior parte da produção de energia elétrica é obtida mediante aproveitamento da força hidráulica. Essa fonte gera aproximadamente 80% da eletricidade total consumida no país. É abundante devido a densa rede hidrográfica brasileira, composta em boa parte por rios de planalto extensos e caudalosos.
No entanto ao longo de 2001, o Brasil enfrentou um importante racionamento de energia eletrica. Na origem desse problema, que foi precipitado pela redução no nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, encontra--se a falta de investiento em geração de  transmissão de energia, somada ao modo como foram estruturadas as normas que regulam o setor de energia após o processo de privatização da maior parte das empresas estatais do setor ( tarifas, investimentos, expansão da geração de redes) Ou, a principal razão da crise de energia em 2001 foi a incapacidade do estado brasileiro para realizar novos investimentos. Endividado, repassou para iniciativa privada a incubência de realizar novos investimentos no setor, mas tais investimentos não interressam aos compradores das grandes estatais.
em 2001, foi imposta aos consumidores de algumas regiões a redução de 20% do consumo de energia elétrica em residências, indústrias, lojas e outros estabelecimentos. Isso afetou negativamente o crescimento da economia brasileira. O episódio demonstrou a necessidade de investimentos em novas fontes de energia, exigiu mudanças de hábitos e levou os brasileiros a refletir sobre a importância da eletricidade e a melhor maneira de utilizá-la.
 O país tem buscado alternativas para que a crise não se repita. umas delas é a reconstrução de termelétricas, que já respondem por cerca de 10% de toda a energia elétrica produzida. Essa alternativa foi viabilizada recentimente com a construção de um gasoduto ligado as áreas produtoras de gás natural da Bolívia ao Centro Sul do Brasil. Outra solução  tem sido a compra de eletricidade produzida em países vizinhos, como Paraguai, a Venezuela e a Argentina.
Existem outras fontes de energia difundidas no país, como termonucleares, o álcool, o petróleo eo carvão.

sábado, 3 de julho de 2010

Tito a caminho do racha

Talvez a melhor forma de começar a análise das características da revolução democrática em cada país do leste  seja discutindo o caso da ex. Iugoslávia, que não fez parte  do Pacto de Varsóvia, nunca teve um regime stalinista típico e, por muito tempo, foi um inimigo azedo de Stálin.

 IUGOSLÁVIA:  a violenta explosão étnica e a desagregação do ´país

a região da ex-Iugoslávia é habitada por vários povos. Os sérvios são o grupo mais numeroso, seguidos pelos croatas, eslovênos, macedônios, albaneses e os bósnios muçulmanos, além de dezessete minorias étnicas, sendo a mais numerosa a montenegrina.

A questão é bastante complexa e envolve não somente rivalidades étnicas, mas também rivalidades culturais, religiosas, políticas, histórica e territoriais, que vêm se arrastando ao longo de séculos.
A invasão turca de 1389 ocupou principalmente os territórios que hoje correspondem à Sérvia e à Bósnia e procurou a islamização, principalemente da população da Bósnia, que professa predominantemente a religião muçulmana. Já os territórios que hoje corresponde à Eslovênia e à Crooácia estiveram durante tempos sob dominação da República de Veneza e dela receberam a religião católica. os sérvios, em sua maioria seguem a religião ortodoxa.
A diversidade de religião, o militarismo que sempre foi parte integrante da vida desses povos, principalmente dos sérvios, eo ressentimentos passados são aspectos complexos para a convivência pacífica. No decorrer da história desses povos, sempre sucederam conflitos entre eles, e deles contra invasores. suas fronteiras sofreram várias alterações no decorrer da história, durante a Segunda Guerra Mundial, em 1943, a Iugoslávia mergulhou numa violenta guerra civil. Três forças se digladiavam: oschetniks, grupo pró- monarquia; os ustasi, grupo facista da Croácia que, a serviço da Alemanha, promoveu uma política violenta de massacre aos sérvios; eos partisans, grupo comunista liderado por Josip Broz Tito.
As tropas lideradas por Tito minaram as forças de ocupação alemã e, em 1944, os partisans praticamente já tinham assegurado a vitória, sem ajuda soviética, como ocorreu com outros países do leste europeu.
Com isso o prestígio de Tito aumentou. Em 1945, derrubou a monarquia e proclamoua República da Iugoslávia. Estabelecido o regime socialista, Tito não se alinhou à União soviética, pois seus partisans não contaram com ajuda soviética para vencer os alemães e implantaro socialismo na Iugoslávia. Uma vez no poder, Tito promoveu a socialização da economia, ao mesmo tempo que empreendeu uma grande repressão, aos opositores do novo regime. Adotou como nos demais países socialistas, o centralismo estatal planificado e o monopólio do poder exercido pelo partido comunista.
Com grande habilidade política e forte repressão, Tito conseguiu manter a unidade das seis repúblicas Sérvia iugoslávas criadas no imediato segundo pós guerra ( Eslovênia Croácia, Bósnia herzgonina,  Montenegro e macedônia). O mesmo ocoreu com as províncias do Kosovo e Voivodina, suborninadas à Sérvia.
Para diminuir as tensões separatista, em 1970 0 governo do marechal Tito deu algumas autonomia às repúblicas e criou um sistema de liderançaa coletiva. Assim a Presidência do país passou a ser exercida com base na rotatividade entre as sei repúblicas.
 Mesmo com essas iniciativas, os ressentimentos étnicos e os movimentos nacionalistas continuaram bastantes vivos. Após 1970, apesar da dura repressão exercida pelo EstadoIugoslávia para contê-los, ocorreram sucessivos atentados terroristas. diante da permanente ameaça de desintegração do país, o governo federal iugoslavo promoveu inúmeras prisões, julgamentos e anistias envolvendo sérvios, bósnios, croatas e macedônios.
O quadro se agravou com a morte do marechal Tito, em 1980. o falecimento do único líder político da antiga Iiugoslavia que, apesar de todas as dificuldades, desfrutava de apoio popoular das diversas etnias do país em funão de ter expulsado as tropas alemãs, teve duas consequências principais.

* Os movimentos separatistas se intenficaram. Em 1981, por exemplo, Kosovo, exigia mais autonomia da Sérvia, . Nas República´´ da Eslovênia, Croácia e Bósnia herzegovina, os movimentos nacionalistas se organizaram e se ampliaram, reinvindicando o direito de se construirem em Estados-Nações independentes.

No plano político, a morte de Tito foi seguida pela formação de um conselho presidencial que reunia os representantes da seis repúblicas e das duas províncias iuguslavas. com exceção dos serviços de segurança e das forças qrmadas, esse arranjo político conduziu a uma transferência gradual do verdadeiro poder da capital federal iuguslava, Belgrado, para as repúblicas.

Na conjuntura desses efeitos derivados da morte de Tito, em 1987 Slobodam Milosevic utilizou o sentimento nacionalista sérvio com relação a Kosovo  para tomar o poder na Sérvia e em seguida, aumentar o poder dessa república no restante da Iugoslávia. milosevic privou  de autonomia as províncias de Kosovo e Voivodina, e seus aliados políticos tomaram o controle da república de Montenegro.

A partir de 1989 no contexto da crise do mundo socialista e do enfraquecimento da União Soviética, entrou em crise o sistema rotativo para presidente da Iugoslávia instituido pelo  marechal Tito que visava manter a coexistência pacífica entre as suas distantes etnias.

Estopim do conflito da iugoslávia

em 1990 foi promulgada uma nova constituição iugoslava, estabelecendo o pluripartidarismo, reforçando os poderes presidenciais e abolindo, ao mesmo tempo, direitos antes assegurados pela constituição de 1978. entre outras mudanças constitucionais, reduziu-se ainda mais a autonomia das duas províncias da Sérvia ( Voivodina e Kosovo), o que na verdade seviu para o poder central ( exercido pela Sérvia) coibir seus desejaos de independência.

Kosovo chegou a proclamar sua independência em setembro de 1990, não pode efetuar essa conquista devido à rápida intervenção das forças militares e policiais iugoslavas ( sévias). Nessa província, de população predominantemente albanesa, ocorreram muitas prisões e processos criminais contra os políticos dessa origem.
em 1990 também ocorreram eleições no país e, como parte de seus desdobramentos, em maio de 1991 os sérvios se opuseram à posse do croata Stipe mesic na presidência. isso porque temiam que a posse de um presidente croata pudesse abrir caminhos para o estabelecimentode uma confederação de Estados soberanos reivindicação sustentada pela Croácia e pela Eslovênia, as duas repúblicas mais ricas do país. em resposta, e contando com apoio internacional, em junho  de 1991 essas duas repúblicas  declaram sua independência da Iugoslávia, oficializando-a em 25 de setembro do mesmo ano. Mas, de fato nem tudo ficou resolvido.
em 1991 a Macedônia também declarou a sua independência em virtude de acordos com o governo da Iugoslávia esse paíse conseguium evitar a eclosão de uma guerra em seu território
finalmente em 1992, a independência da Croácia e da Eslovênia foi reconhecida pela Comunidade Econômica européia. Tal fato contribuiu para a aceitação internacional do desmembramento político e territorial desses novos países em relação à Iugoslávia.

A Guerra da Bósnia-Herzegovina ( 1992-1995)
em 1992 foi a vez da Bósnia-Herzevovina proclamr sua independência da Iugoslávia. Essa iniciativa desencadeou uma intensa guerra civil entre bósnios ( de maioria muçulmana), croatas, as principais etnias que habitam no país. Os bósnios e os muçulmanos reivindicavam a independência e a soberania da ex-república iugoslava; a minoria sérvia seopunha e defendia a integração do território bósnio à Sérvia. buscando atingir esse objetivo, e ajudado pelo exército iugoslavo, manteve sob seu poder cerca de 70% do território da Bósnia.
Nesa disputa, inumeras atrocidades foram cometidas pelas partes envolvidas no conflito.Da parte das forças sérvias, além de promoverem a destruição de edifícios e das infraestruturas ( estradas, rede de comunicação, hospitais, escolas, reservatórios de água etc.) da Bósnia, contaram com as atividades intensas de seus franco- atiradores que, principalmente na capital, Sarajevo, não pouparam as vidas nem mesmo de crianças e idosos: Os sérvios ergueram vários cmpos de prisioneiros na Bósnia-Herzegovina, lembrando ao mundo os campos de concentração nazistas da Segunda Guerra Mundial.
em julho de 1992, 51 países
 decidiram formar uma força de paz para tentar apaziguar e resolver o problema da guerra civil na Bósnia. com o apoio da ONU, Otan e da UEO ( União da Europa Ocidental), forças de paz desembarcaram na ex- Iugoslávia e navios de guerra bloquearam o mar Adriático para aplicar o embargo comercial contra a Sérvia e Montenegro. Nesse contexto, a ONU pediu a evacuação dos sérvios de Sarajevo.
em 1994, a Federaçãoa Russa, tradicional aliada dos sérvios, interveio nas negociações. Obteve-se, com isso, o recuo temporário das forças sérvias e, apesar de muitas dificuldades e resistência entre as partes envolvidas, no final de dezembro daquele ano a guerra da Bósnia foi interrompida por uma trégua que contou com a participação ativa do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter.
durante a curta duração  do cessar fogo, as forças regulares croatas e outras formadas por milícias muçulmano-croatas foram abastecidas com armamentos e receberam treinamento militar promovido pelos Estados Unidos. em seguida, em 1995, com o fim da trégua de inverno, os sérvios retomaram o avanço de suas tropas nas direções sul e leste da Bósnia. Em contrapartida, em poudo tempo as forças croatas começaram incurções em larga escala nas regiões dominadas pelos sérvios na Croácia) e as forças muçulmanas-croatas, or sua vez avançaram no rumo noroeste da Bósnia.
Pode-e dizer que até então e apesr das medidas anteriormente citadas- , a ONU e a UE não haviam atuado decisivamente nas resoluções da Guerra da Bósnia. Ou seja, apresentaram muitas indefinições e uma lentidão de iniciativas para conter o avanço da violência, o que, aliás gerou fortes protestos  na opinião pública mundial.
mas  a partir de julho de 1995, um genocídio praticado pelos sérvios na cidade de Srebrenica, que se estendeu por cinco dias, favoreceu uma mudança decisiva da política dos países ocidentais com relação ao agravamento do conflito iugoslávo.
nesse contexto, no final de agosto e durantea primeira semana de setembro de 1995, foram iniciadas as negociações para se obter um acordo que permitisse uma interrupção das hostilidades e o cessr-fogo.
finalmente, em novembo de 1995, sob forte pressão dos Estados Unidos, os lados combatentes negociaram acordos  de paz na Base de Wright-Patterson da Força Aérea norte-americana, em Dayton, no estado de Ohio. No mês seguinte, foi assinado em Paris o Tratado de Paz que ficou conhecido como tratado de Dayton.